5.2.08

Palavras Cruzadas: Carlos do Carmo e o Fado da Saudade

Para assinalar o feito que o fado conseguiu, na XXII edição dos Prémios Goya, fiz um problema de Palavras Cruzadas dedicado a Carlos do Carmo e ao Fado da Saudade.
O Fado da Saudade estava nomeado para a Melhor Canção Original, tendo como "adversárias" as seguintes canções:
Circus Honey Blues, de Víctor Reyes e Rodrigo Cortés, em Concursante.
La Vida Secreta de las Pequeñas Cosas, de David Broza e Jorge Drexler, em Cándida.
Pequeño Paria , de Daniel Melingo, em El Niño de Barro.
E ganhou!

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"Fado da saudade", de Carlos do Carmo e Fernando Pinto do Amaral, venceu hoje o prémio Goya para Melhor Canção Original na 22ª edição dos prémio Goya, a decorrer no Palácio dos Congressos, em Madrid.

O fadista Carlos do Carmo, afirmou-se surpreso e feliz pela distinção da Academia Espanhola das Artes Cinematográficas.

"Foi uma surpresa a nomeação e maravilhoso ter recebido este prémio", disse hoje à Lusa Carlos do Carmo.

A canção vencedora, "Fado da Saudade", integrante da banda sonora do filme “Fados” de Carlos Saura, tem poema de Fernando Pinto do Amaral que afirmou que "se este for mais um contributo para o fado, fico feliz".

Os prémios Goya são o equivalente aos Óscares para o cinema espanhol. A cerimónia da XXII edição dos Goya, entregue pela Academia de Cinema de Espanha, realizou-se no Palácio de Congressos de Madrid.

Ao tomar conhecimento da atribuição daquele prémio, Cavaco Silva enviou uma mensagem a Carlos do Carmo, felicitando-o por esta "distinção", disse a presidência da República.
"Fado da Saudade", com letra de Fernando Pinto do Amaral e música do fado menor em versículo, faz parte da banda sonora do filme "Fados", do realizador espanhol Carlos Saura.
Os Prémios Goya, considerados os Óscares do cinema espanhol, foram atribuídos domingo à noite no Palácio dos Congressos em Madrid.

Fontes: Público/Lusa/RTP
Foto: Nelson Garrido/PÚBLICO (arquivo)

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Palavras Cruzadas: Carlos do Carmo e o Fado da SaudadeDivirta-se!

Letra: Fado da Saudade (Fernando Pinto do Amaral)

Nasce o dia na cidade
Que me encanta
Na minha velha Lisboa
De outra vida
E com o nó de saudade
Na garganta
Escuto um fado
Que se entoa à despedida

Foi nas tabernas de Alfama
Em hora triste
Que nasceu esta canção
O seu lamento
A memoria dos que vão
Tal como o vento
O olhar de quem se ama
E não desiste

Quando brilha a antiga chama
Ou sentimento
Oiço este mar que ressoa
Enquanto canta
E da Bica à Madragoa
No momento
Volta sempre esta ansiedade
Da partida

Nasce o dia na cidade
Que me encanta
Na minha velha Lisboa
De outra vida

Quem vive só do passado
Sem motivo
Fica preso a um destino
Que o invade
Mas na alma deste fado
Sempre vivo
Cresce um canto cristalino
Sem idade

É por isso que imagino
Em liberdade
Uma gaivota que voa renascida
E já nada me magoa ou desencanta
Nas ruas desta cidade amanhecida
Mas com o nó de saudade na garganta
Escuto um fado
Que se entoa à despedida...

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